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Precisamos falar de Idadismo

 

    Etarismo, idadismo ou ageísmo são sinônimos para o preconceito baseado na faixa etária do indivíduo, mais comumente destinado a idosos. Quem nunca ouviu a frase “Você não tem mais idade para isso!”? Segundo a Organização Mundial de Saúde, ageísmo se refere “aos estereótipos (como pensamos), preconceito (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) dirigido às pessoas com base na sua idade”.

 

    Este tema começou a ser levantado, pelo médico, gerontologista, norte-americano, Robert N. Butler, pela primeira vez em 1969.  Na Europa, recentemente novas leis foram criadas contra a discriminação etária na esfera profissional. Infelizmente, no Brasil, o termo ainda é pouco conhecido.

 

    O estereótipo de que a idade é um empecilho afeta consideravelmente a vida das pessoas, fazendo com que ela sofra e se afaste do convívio social, ficando mais deprimida e deixando até mesmo de cuidar de sua saúde.

 

    Essa não é a maneira correta de pensar e precisamos colocar esse tema em discussão. Negar o envelhecimento de outras pessoas, discriminando-as por isso, é negar a própria vida, pois todos seguirão pelo mesmo caminho – o  do envelhecimento que, aliás, é um privilégio.

 

    Vagas de emprego são negadas “devido à idade” e até mesmo atividades que proporcionem bem-estar à pessoa – como, por exemplo, matricular-se em uma academia – são vistas como não adequadas. O simples fato de a pessoa não querer expor a idade demonstra isso.


       Recentemente, a cantora Madonna, de 62 anos, foi vítima de etarismo após publicar um vídeo sobre a hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19 em uma rede social, sendo chamada de “velha” e “gagá” por disseminar notícias falsas. O vídeo foi excluído. O preconceito ficou.
 

    Segundo Alexandre Kalache, médico, gerontólogo Presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR) é preciso mais que não ser idadista.   

 

 

     É preciso ser anti-idadista, e devemos começar fazendo uma reflexão sobre nossos pensamentos, palavras e ações. Os aspectos importantes para persarmos sobre esse preconceito tão frequente em nossa sociedade são: AUTO-ANÁLISE, INTROSPECÇÃO, BUSCA DE INFORMAÇÃO, DISCERNIMENTO e EMPATIA.

 

    Sabemos que esse preconceito contra idade é herança da nossa própria cultura, portanto é preciso mudanças de hábitos e crenças para um novo olhar à longevidade.

 

Referências bibliográficas:

https://www.sbgg-sp.com.br/o-que-e-etarismo-e-qual-seu-impacto-na-vida-do-idoso/

 

https://bxblue.com.br/aprenda/etarismo

Maitê Oliveira Souza

Enfermeira

Coren/SC 144398

Diretora Bella Vita